O que os gatos sabem que a gente esqueceu?

Você costuma parar para sentir a quietude que irradia do seu gato, mesmo no caos do dia a dia?

Aquela sensação de que ele enxerga para além do que nossos olhos alcançam, o poder de nos acalmar com um simples ronronar… Parece que ali existe uma percepção aguçada do ambiente e das nossas emoções. Será que os gatos nutrem uma conexão com o sutil que nós, muitas vezes, ignoramos?

Qual a sabedoria que nossos gatos estão tentando nos transmitir?

Talvez seja a importância de viver o momento presente, a arte de relaxar e aproveitar os pequenos prazeres da vida, ou até mesmo a necessidade de estabelecer limites saudáveis.

Esses dias uma amiga me contou que estava ansiosa com um projeto no trabalho e no momento em que ela mais precisava, a sua gata Mia pulou no colo dela e começou a ronronar. Naquele instante, sentiu uma onda de calma a invadir e conseguiu encarar o desafio com mais clareza e tranquilidade. Eles têm essa capacidade de nos ver, entender o que precisamos e nos devolver a paz.

Ao cultivar essa conexão profunda com um gato, temos pertinho um ser de sensibilidade apurada pronto para nos acolher e ensinar. Eles descansam no sol, cheiram o vento, observam cada inseto ou flor com curiosidade e interesse. Brincam sempre que podem e permanecem nesse estado de presença plena.

Eles são autênticos, cada um tem suas manias e preferências e deixam muito claro o que querem e o que não vão tolerar. 

E será que os gatos fazem isso só por instinto?

Muito se fala sobre o instinto dos gatos e é fundamental saber que, assim como nós, eles são inteligentes e usam raciocínio lógico na hora de decidir o que fazer.

Eles escolhem o melhor lugar para explorar, o momento certo para pedir comida e até aquela carícia no ponto exato, mas isso não significa que gatos agem como humanos.

Eles agem como GATOS! São seres únicos, com comportamentos inatos e predisposições naturais. Algumas ações vêm do instinto (como usar a caixa de areia), enquanto outras são pensadas e calculadas (como aquele miado estratégico na hora do jantar).

Entender isso é importante para não humanizar os gatos, mas respeitar as diferenças, sabendo que eles também são seres conscientes, atentos e sensíveis ao ambiente.

E é justamente essa complexidade que faz com que sejam seres tão fascinantes.

Aliás, olha só essa história que recebemos — impossível não se impressionar:

“Meu gato, Jiren, estava com a imunidade baixa por causa do luto pelo seu irmão gato. Desesperada, recorri ao veterinário, que passou um comprimido. Todos os dias, eu dava o remédio pra ele, checava se tinha engolido e parecia que sim.

Até que, um dia, o peguei indo até um cantinho cuspir o comprimido. E pra minha surpresa, lá estavam TODOS os comprimidos que eu tinha dado. Uns 7! Um montinho de remédios!

O mais interessante é que ele não cuspia na hora. Esperava eu estar distraída pra ir num cantinho que eu não desconfiaria.”

Agora ficamos curiosas pra saber de todas as gateiras: já aconteceu uma situação em que seu gato claramente planejou para agir e te surpreendeu?